sábado, 25 de julho de 2009

Sobre o objeto e sua construção

Decepção pra quem sente e destila o rancor pela traição é uma cravejada permanente na alma dos românticos...
Vou me calar e parar com essa coisa de moldes comportamentais,vou guardar os meus moldes e ficar lá detrás dos brilhos dos meus olhos farejando sem ir a caça,percebendo a pista pra afinidade,esperando com o coração superlativo,insone disfarçado de sonolento; comigo...
Perdoarei os larápios- vampiros sentimentais sem respeito e limite no trato afetivo,deixarei leve até sumir o rancor ,não vibrarei nada,não falarei mais nada,nenhum gesto,nenhum sinal .
Não quero direcionar vetores perpendiculares e etéreos de raiva no meio da testa de cada um,não quero o ônus de ser provedor de energia ruim pra ninguém,da próxima vez que sentir raiva pensarei apenas em um objeto planejado pra absorver coisa ruim,talvez uma tecitura emaranhada de aço onde cada direcionamento meu se transforme em algo que a enfeite ...
Espero que dessa vida ,quando me despedir daqui ,eu olhe pra trás e veja a tecitura como algo humano,eu sem arrependimento e ela pouco enfeitada,super discreta,meio vazada ainda,como se faltasse enfeite pra gerar harmonia ,tipo fantasia de escola de samba rebaixada, tipo gente pelada,tipo brigadeiro sem granulado,sopa aguada,mexerica sem graça,sem sal...
E talvez aí, eu encontre um exemplo pra justificar o desejo de fazer uma obra grosseira e mal acabada...Transitar nas imperfeições me gera um misto de experiência e prazer!!!

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